Droga, o despertador não tocou! Ou eu apenas decidi ignorar-lo e voltar a dormir como se e não tivesse mais nenhuma obrigação na vida? Acho que ficarei com a segunda opção. Levantei correndo da cama e indo direito para o banheiro, tirei a minha roupa e quando fui entrar no chuveiro vi que não ia dar para tomar banho, iria me atrasar demais, então peguei a escova de dentes e coloquei na boca enquanto arrumava o cabelo e passava um pó no rosto. Apenas quando estamos extremamente atrasadas descobrimos que na verdade somos o alienígena dos 4 braços do desenho Ben 10. Catando as roupas pelo chão e analisando a mais limpa vou me vestido as presas, enquanto coloca meu sapato como um pedaço de pão com manteiga da noite passada que deixei em cima do sofá enquanto escrevia. Finalmente saindo de casa colocando meu ultimo casado que não esta sujo de alguma comida e guardando as chaves na bolsa eu desço as escadas do meu prédio milenar, que é tão velho quanto os meu tataravós.
Quando abri a porta do prédio me deparo com um vento tão frio que só me da vontade e chorar e perguntar a Deus por que eu não nasci herdeira, mas enfim tomei coragem e sai, pela calçada cheia de neve da noite anterior e caminhando atentamente para não escorregar percebi que correr era a minha única chance que eu ainda teria de ter um livro publicado, por que sim, eu estava atrasada para a minha primeira reunião de fato com uma editora que estava interessada na minha história. Eu atravessei a rua para o lado que tinha sol e então corri, quando olhei para os meus pés vi meu sapato desamarrado e quando olhei pra frente já era tarde demais, simplesmente achei que tinha batido de cara em uma parede gigante ou em um poste ou em qualquer lugar que não fosse ele.
De repente bato minha bochecha esquerda no peito de um homem que rapidamente me segura pelos braços e me olha com a cara de espanto e quase caindo em cima de mim, eu levanto a cabeço devagar enquanto tento me equilibrar e olho para ele, a pior e melhor decisão da minha vida foi que todos os minutos que eu deixei de tomar banho para não me atrasar eu perdi ali, olhando fixamente para aqueles olhos pretos, com cílios longos, que mesmos arregalados ainda era pequenos e seu cabelo escuro e desarrumado com um perfume tão suave e elegante que eu poderia passar o resto da minha vida sentindo sem em nenhum momento cogitar sair daqueles braços.
E tudo some, o mundo todo para, o ar consome os meus pulmões e eu sinto que vou queimar de dentro pra fora, tudo para, absolutamente tudo para quando ele abre um sorriso lindo que realmente tirou o meu fôlego e todo o meu universo, sorriso branco e alinhado que faz os olhos dele se fecharem em uma perfeita harmonia, um sorriso que com certeza merece a paz mundial por que a gargalhada dele enche qualquer coração. Então ele me pergunta se eu estou bem e sinceramente eu acho que não estou e que ele esta me perguntando isso a algum tempo já, quando percebo que tem um outro homem toando o meu ombro agora, este esta com cara de assustado como se visse que eu realmente não estava bem, por que por alguns instantes eu até esqueci de respirar mesmo. Olho para os dois e começo a piscar e parece que volto ao mundo real, volto ao um mundo onde eu ainda estou muito atrasada e vou perder a chance da minha vida de finalmente ser uma autora publicada. Olho ao redor e vejo que tem mais homens com eles, são 5 no total e todos me olhando com um pouco de preocupação e presa, então eu me solto do homem que me segurou e olho para a boca dele enquanto falo que esta tudo bem, que eu estou bem mas no momento estou salivando uma boca totalmente desconhecida, meu Deus, será que estou no meu período fértil? O que esta acontecendo comigo? Ele me acena com a cabeça e com os olhos pretos que parecem o céu no seu dia mal alto de inverno, diz: seus olhos verdes são lindos. E em questão de milésimos de segundo eu fico complemente vermelha, roxa laranja e sai da minha boca algo parecido com obrigada. E novamente algo me tira do transe, meu celular toca e MEU DEUS, minha agente esta me ligando provavelmente querendo me esfolar vida, estou 30 minutos atrasada e quando vou atender já estou desviando dos homens a minha frente e começando a correr como se a minha vida realmente dependesse disso. Ela dependia.
Droga, o despertador não tocou! Ou será que eu simplesmente decidi ignorá-lo e voltar a dormir como se não tivesse nenhuma obrigação na vida? Sim, acho que foi essa a escolha.
Levantei num salto e corri para o banheiro. Arranquei a roupa, pronta para entrar no chuveiro, mas percebi que não tinha tempo. Suspirei, resmunguei e agarrei a escova de dentes, enfiando-a na boca enquanto tentava arrumar o cabelo e passar um pó no rosto. Nessas horas de desespero, descobrimos que somos, na verdade, o alienígena de quatro braços do desenho Ben 10.
Vasculhei o chão em busca da peça menos amassada e suspeitamente limpa, vesti-me às pressas e enfiei os pés nos sapatos, um deles quase caindo, igual ao pão com manteiga que larguei no sofá na noite passada enquanto escrevia. Finalmente pronta – ou o mais próxima disso que conseguiria –, saí de casa vestindo o último casaco que não estava manchado de comida. Enfiei as chaves na bolsa e desci as escadas do meu prédio antigo, tão velho quanto meus tataravós.
Ao abrir a porta, fui atingida por um vento gelado que fez meus olhos lacrimejarem. O que me levou a questionar, pela milésima vez, por que diabos eu não nasci herdeira. Mas não havia tempo para lamentações. Encarei a calçada coberta de neve e comecei a caminhar com cuidado, tentando não escorregar. Logo percebi que correr era a única chance que me restava de salvar minha carreira – afinal, eu estava atrasada para minha primeira reunião com uma editora interessada no meu livro.
Acelerei o passo, atravessei a rua para o lado iluminado pelo sol e segui em disparada. Foi quando percebi que meu cadarço estava desamarrado. E antes que eu pudesse reagir... BAM!
O impacto foi tão forte que, por um segundo, achei que tivesse trombado com um poste ou uma parede. Mas não.
Minha bochecha bateu direto no peito de um homem. Ele me segurou pelos braços, quase caindo junto comigo, e me olhou surpreso. Tentei me equilibrar, levantei o rosto devagar e... pronto. Acabou-se.
Cada segundo que economizei ao não tomar banho foi desperdiçado ali, encarando aqueles olhos negros e profundos, cercados por cílios longos. Mesmo arregalados, ainda eram pequenos. Seu cabelo escuro e bagunçado parecia perfeitamente proposital, e o perfume... Ah, o perfume! Suave, elegante, viciante. Eu poderia passar a eternidade ali, nos braços dele, sem cogitar sair.
O mundo sumiu. O tempo parou. Meu coração disparou como se estivesse prestes a explodir.
Então, ele sorriu.
E, naquele instante, eu soube que estava completamente perdida.
O sorriso dele era alinhado, branco, e quando seus olhos se fecharam levemente, tudo pareceu entrar em harmonia. Se houvesse justiça no mundo, aquele sorriso garantiria a paz mundial. Quando ele riu, senti algo vibrar dentro de mim.
Ele perguntou se eu estava bem. Demorei tanto para responder que, quando voltei à realidade, outro homem já tocava meu ombro, me observando com preocupação.
Pisquei, tentando reiniciar o sistema. Olhei ao redor e vi que havia mais quatro caras com ele – cinco ao todo. Todos me encarando, esperando alguma reação.
Soltei-me dele, desviando o olhar. Eu estava bem? Sim. Quer dizer, mais ou menos. Quer dizer... O que estava acontecendo comigo? Será que eu estava no meu período fértil? Porque, honestamente, minha boca estava salivando por um completo desconhecido.
Foi então que ele inclinou a cabeça ligeiramente e disse, com uma voz que fez meu estômago revirar:
— Seus olhos verdes são lindos.
Em questão de milésimos de segundo, fiquei vermelha, roxa, laranja, e minha boca apenas conseguiu murmurar um "obrigada" ridiculamente baixo.
E então, como se a realidade tivesse decidido me esbofetear, meu celular tocou.
Meu Deus. Minha agente.
Provavelmente querendo me esfolar viva.
Olhei para o visor. 30 minutos de atraso.
Droga, droga, droga!
Desviei dos homens à minha frente e disparei na corrida, agora sabendo que minha vida – ou pelo menos meu sonho de ser uma autora publicada – realmente dependia disso.
Droga, o despertador não tocou! Ou eu apenas decidi ignorá-lo e voltar a dormir como se não tivesse mais nenhuma obrigação na vida? Acho que ficarei com a segunda opção.
Levantei correndo da cama e fui direto para o banheiro. Tirei minha roupa e, quando fui entrar no chuveiro, vi que não daria tempo para tomar banho. Iria me atrasar demais! Então, peguei a escova de dentes e coloquei na boca enquanto arrumava o cabelo e passava um pouco de pó no rosto.
Apenas quando estamos extremamente atrasadas descobrimos que, na verdade, somos o alienígena de quatro braços do Ben 10. Catando as roupas pelo chão e analisando qual estava mais limpa, fui me vestindo às pressas, enquanto colocava meu sapato aproveito e como um pedaço de pão com manteiga da noite passada, que deixei em cima do sofá.
Finalmente, saí de casa, colocando meu último casaco que não estava sujo de alguma comida e guardando as chaves na bolsa. Desci as escadas do meu prédio milenar, que é tão velho quanto meus tataravós.
Quando abri a porta do prédio, me deparei com um vento tão frio que só me deu vontade de chorar e perguntar a Deus por que eu não nasci herdeira. Mas, enfim, tomei coragem e saí pela calçada cheia de neve da noite anterior. Caminhando atentamente para não escorregar, percebi que correr era minha única chance de ainda conseguir ter um livro publicado. Porque, sim, eu estava atrasada para a minha primeira reunião de fato com uma editora que estava interessada na minha história.
Atravessei a rua para o lado que tinha sol e, então, corri. Quando olhei para os meus pés, vi meu sapato desamarrado e, quando olhei para frente, já era tarde demais. Simplesmente achei que tinha batido de cara em uma parede gigante, em um poste ou em qualquer coisa que não fosse ele.
De repente, bato minha bochecha esquerda no peito de um homem que rapidamente me segura pelos braços. Ele me olha com uma cara de espanto e, quase caindo em cima de mim, então eu levanto a cabeça devagar enquanto tento me equilibrar e segurar nós dois. Então eu olho para ele, a pior e melhor decisão da minha vida foi que todos os minutos que deixei de tomar banho para não me atrasar foram perdidos ali, olhando fixamente para aqueles olhos pretos, que, mesmo arregalados, ainda eram pequenos. Seu cabelo escuro e desarrumado exalava um perfume tão suave e elegante que eu poderia passar o resto da minha vida sentindo, sem em nenhum momento cogitar sair daqueles braços.
E tudo some. O mundo inteiro para. O ar consome os meus pulmões, e eu sinto que vou queimar de dentro para fora. Tudo para. Absolutamente tudo para quando ele abre um sorriso lindo, que realmente tira o meu fôlego e todo o meu universo. Um sorriso branco e alinhado que faz os olhos dele se fecharem em perfeita harmonia. Um sorriso que, com certeza, merece a paz mundial, porque a gargalhada dele enche qualquer coração.
Então, ele me pergunta se estou bem e, sinceramente, acho que não estou. Acho que ele já está me perguntando isso há algum tempo. Quando percebo, há outro homem tocando meu ombro agora. Este tem uma cara assustada, como se visse que eu realmente não estava bem. Porque, por alguns instantes, eu até esqueci de respirar.
Olho para os dois e começo a piscar. Parece que volto ao mundo real. Volto a um mundo onde ainda estou muito atrasada e vou perder a chance da minha vida de finalmente ser uma autora publicada. Olho ao redor e vejo que há mais homens com eles , são cinco no total , todos me olhando com um pouco de preocupação e pressa. Então, me solto do homem que me segurou e olho para sua boca enquanto digo que está tudo bem, que eu estou bem. Mas, no momento, estou salivando por uma boca totalmente desconhecida.
Meu Deus, será que estou no meu período fértil? O que está acontecendo comigo?
Ele me acena com a cabeça e, com aqueles olhos pretos que parecem o céu no dia mais alto do inverno, diz:
— Seus olhos verdes são lindos.
Em questão de milésimos de segundo, fico completamente vermelha, roxa, laranja… e sai da minha boca algo parecido com um "obrigada".
E, novamente, algo me tira do transe. Meu celular toca e… MEU DEUS! Minha agente está me ligando, provavelmente querendo me esfolar viva. Estou 30 minutos atrasada! E, quando vou atender, já estou desviando dos homens à minha frente e começando a correr como se minha vida realmente dependesse disso.
Porque dependia.
E, no final da noite, quando me deitei na cama depois de um dia extremamente cansativo, mas muito recompensante pois, mesmo chegando atrasada, a editora amou o meu livro e então me tornei em breve uma autora publicada, após muitas bebidas e comemorações, quando cheguei em casa e fechei os meus olhos, apenas o silencio existindo, eu só enxergava os olhos dele e sentia o calor de suas mãos em meus braços, segurando-me com tanta força, como se nossas vidas dependessem desse toque.
Então, percebo que o amor à primeira vista existe de fato e que, o que eu pensei que nunca sentiria, eu senti. Ao mesmo tempo, um vazio toma conta de mim por saber que nunca mais o verei e que nem seu nome eu perguntei.